segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Internet renova a literatura do século 21

Rede agiliza e facilita a publicação e descoberta de novos escritores, mas também traz mudanças nas editoras.

A literatura, num todo, não é mais a mesma depois da internet. Há quase uma década novos autores foram surgindo, e transpondo a telinha do computador e para chegar aos internautas em forma de livros. Livros estes em versão digital. A internet é um facilitador para estas publicações e para a divulgação das obras literárias. Serviu como meio de propagar a leitura e promover o crescimento de obras e autores. O leitor, mesmo o que não quiser se tornar escritor pode acompanhar mais de perto agora. De certa forma podemos notar que os sites assumiram o papel que as revistas literárias perderam. A universalidade da literatura deu um arranque com tantas formas de acesso a obras, a comentários, críticas, lançamentos e eventos.
Antes era questionado se o que se encontrava na internet era literatura, hoje a pergunta é como a internet serve de suporte para novos autores e suas obras. De alguma forma, a rede encurtou o caminho entre o autor e o leitor. Se antes o escritor precisava ir de porta em porta nas editoras para apresentar seu trabalho e buscar apoio para a publicação de seu livro, hoje a internet disponibilizou a estes escritores a forma do “faça-você-mesmo”, onde o escritor tem espaço para mostrar da sua forma o que eles querem levar ao leitor.
Amanda Limeira, 26 anos, estudante do 7º período de letras, da Faculdade Federal de Minas Gerais, tem fascínio pela literatura, o que serviu de grande incentivo para optar pelo curso na faculdade. Sua intenção é formar e se especializar em Literatura Brasileira Clássica e do século XX. Para ela falar sobre esta ligação entre internet e literatura é parte do que tem vivido na faculdade e que pretende saber ainda mais. “A internet apresenta seus facilitadores a respeito de como promulgar a literatura a muitas pessoas ao mesmo tempo. Hoje as pessoas têm opção de fazer um download de livros, debaterem idéias, criticar e ter mais contato com os autores”, diz a estudante.
Para a estudante a idéia é afirmar que a internet é uma evolução para a propagação da literatura. A acessibilidade aos termos, obras e autores literários hoje é possível ainda mais por meio da internet. Este fácil acesso instiga as pessoas a ler, comentar e até arriscar a compor frases, textos e livros. Muitos dos novos autores surgem hoje inicialmente na internet, em blogs e sites com vocação literária. Esse aumento de publicações e surgimento de autores já se fez sentir, nos últimos dez anos.
A primeira editora 100% online brasileira, a Mojo Books produz livros eletrônicos tendo como inspiração álbuns inesquecíveis da música pop. É uma idéia inovadora e bem original. O site da editora WWW.mojobooks.com.br disponibiliza aos seus internautas download das obras referidas no site, além de propostas de eventos e espaço para o envio de livros, aos que se interessam em fazer publicações de suas obras. É a comprovação de que a internet está aberta à participação do leitor, do autor, e até mesmo das editoras.
Mas há controvérsias a respeito desta acessibilidade e deste crescimento. O impacto que a internet trouxe as literaturas afetou desde a quantidade crescente de pequenas editoras, que pretendiam dar vazão a esse novo contingente, até grandes editoras que, pescando autores testados pelas pequenas, engrossam seu catálogo.
Hoje a disputa é para ter acesso primeiramente às grandes obras, já que para quem escreve a dificuldade para a publicação não é tão grande quanto antes.
Pedro Augusto é diretor da Editora Boa Viagem, que trabalha com algumas editoras também conhecidas e diz “ o processo de seleção de autores inéditos não mudou nada, continuamos recebendo originais pelo correio”. Segundo o diretor eles estão alerta para o mercado literário, “estamos atentos à cena, mas não ficamos tão impressionados com a miríade de novos escritores”, afirma o diretor, que trabalha há doze anos com esse mercado.
É notável que de alguma forma as editoras foram parcialmente modificadas pela disponibilidade de acesso a essas obras pela internet. “Aqui na editora já lançamos livros que se for contar o número de originais, podemos dizer que caberiam em uma mão”, conta o diretor ao mostrar suas planilhas de publicações que há algum tempo vem diminuindo.
A procura ainda existe e continuará a existir. “Os leitores não deixarão de comprar livros impressos e nem os escritores deixarão de documentar suas obras nas editoras, pode ser que o número dessa procura diminua, mas cessar creio que não”, afirma Pedro Augusto, ao falar da esperança que tem em se aposentar trabalhando neste ramo, que para ele é fascinante.

Há espaço para todos neste mercado, e de certa forma, tanto na internet quanto nas editoras, a idéia é propagar a literatura e tornar cada vez mais acessível a todos, não deixando de lado também o lado capitalista de cada meio. O que diverge em outras discussões.

Visite o blog “Por trás das Letras”, um espaço dedicado à literatura, e confira depoimentos de leitores que tem fascínio pela literatura. Acesse e confira http://jornalismoevelynecarvalho.blogspot.com/

Por Evelyne Carvalho

domingo, 2 de novembro de 2008

Internet na literatura ou literatura na internet?

A Internet é o reflexo da evolução vivida nos meios de comunicação no Brasil. Trazida em 1995 pela RNP (Rede Nacional de Pesquisa), uma operação acadêmica subordinada ao MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia). Desde então, diariamente temos várias novidades em acesso e disponibilidade. Com isso a literatura tomou novas formas. Antes tínhamos livros que eram o meio de levar a literatura, já hoje, temos livros e milhares de sites que disponibilizam downloads de livros, comentários de escritores, lançamentos, debates, enfim, um universo de acesso à literatura foi iniciado com a Internet. Mas apesar dessa amplidão as pessoas não se sentem muito confortáveis com esse universo. Confira os comentários dos entrevistados que são fãs da boa literatura brasileira.



" A evolução é uma coisa inevitável. Temos que nos adequar. Eu gosto da Internet, mas não abro mão de ter um livro em mãos. Ele eu posso levar pra todo lado, a Internet ainda limita essa disponibilidade."



Luiza Aberth, 23 anos, estudante de Letras.


" Amplidão é a palavra mais certa para determinar o que a Internet trouxe para a literatura. hoje temos acesso à tudo, bibliotecas, comentários, futuros lançamentos. É muita evolução."


Pedro Paulo, 27 anos, blogueiro.


" Hoje tem espaço pra todos. A Internet não pode roubar ou mudar toda a história que a literatura trouxe. Ela veio para acrescentar, não diminuir, basta do olhar que temos a respeito disso. A Internet propicia a pulverização da leitura, a acessibilidade da Internet não chega a ser total, já a uma cópia impressa, pode circular em muitas mãos."


Juliana Lima, 35 anos, professora de português.


"Eu tenho fascínio pela literatura, gosto dos romances, romances políticos, contos, crônicas, ahhh tenho uma paixão pela literatura. E a Internet ajuda, te leva além, mas sentir o cheiro do livro velho nas mãos, não tem preço."


Marisa Fernandes, 62 anos, aposentada.



sábado, 1 de novembro de 2008

Homem é baleado e morre na Rua 53 com a 8ª avenida. A cena é incomum. O suspeito do disparo é o publicitário Stuart Shepard, que estava em uma cabine telefônica e se recusava a sair de lá. Foram mais de três horas de tensão. O publicitário que estava em uma ligação e aparentava estar muito transtornado, fez confissões de sua vida, pediu perdão à esposa, e chegou a chorar de arrependimento.
Só foi descoberto de fato que havia algo errado nesta cena, quando Stuart conseguiu, de um aparelho celular, ligar para a esposa, que deu o telefone ao policial, e nesta ligação puderam constatar que havia uma chantagista ao telefone e que podia ser o autor do disparo. A partir disto,muda todo o desfecho da história. Stuart é um homem comum, preso a uma cabine telefônica, pois está sendo ameaçado.
A polícia se posicionou, de forma a vasculhar todos os prédios do quarteirão. Stuart aparentemente abalado decidiu sair da cabine, em sinal de desistência, e foi atingido. O tiro partiu dos policiais, e segundo o capitão Ed Ramed, foi a decisão acatada para dar fim ao cenário trágico. O tiro foi de borracha e resultou no desespero do suspeito de atirar contra a primeira vítima e de ficar ao telefone com Stuart. O suspeito foi encontrado em um prédio à frente da cabine, com um corte na garganta. Devido ao sangramento o homem, até agora não identificado, faleceu.
A cena é confusa, mas já temos certeza que Stuart foi à vítima de um homem transtornado e que o conhecia bem. A polícia agora fará as investigações para saber o que de fato ocorreu nesta cabine.



Stuart Shepard (imagem) foi a vítima de um "sequestro" dentro de uma cabine telefônica.

Confira a cobertura completa no twitter .

ps: este texto foi produzido para a aula de jornalismo online. Feito em uma simulação de cobertura em tempo real à um sequestro. As informações contidas aqui partiram do filme "Por um fio" e não tem qualquer ligação com nenhum fato parecido que possa ter ocorrido.