terça-feira, 7 de outubro de 2008

Literatura e Política

É possível ao escritor isentar-se da política? Esta é a polêmica em relação a política e a literatura. Nem todo autor politicamente engajado produz boas obras.

No Brasil, hoje, estamos em período político, onde histórias são inventadas, inquéritos de investigações abertas, mensalões aparecem a todo instante, tudo isso, para atestar que os candidatos realmente mostrem o que propõe. As disputas são acirradas, candidatos disparam em uma corrida onde empatar não é nenhuma vantagem, principalmente chegar por último.

São nessas disputas, no desenvolver delas, onde surgem as crises, as polêmicas, os deslizes.

Escritores usam da criatividade para marcar lugar e fazer grandes produções. Escândalos passam a ser escritos, e passam a constar na história. Crises políticas sempre existiram. Em 1982 os jornalistas Paulo Henrique Amorim e Maria Helena Passos, aproveitaram o alarido do momento e transpuseram os acontecimentos no livro PLIM PLIM: A peleja de Brizola contra a fraude eleitoral.

Como já dizia Jorge Orwell a política envenena a literatura na medida em que subordina a criatividade. Lealdades de grupos são necessárias, e no entanto são um veneno para literatura, uma vez que a literatura é o produto das individualidades. Não se pode pensar que não há interesses quando se escreve algo sobre política.

O escritor vinculado ao partido se torna o servidor e propagandista da verdade deste; ele é vigiado e se vigia. Isso significa que ele deve se refugiar em sua "torre"e se abster da política em nome da sua liberdade de expressão, alguns concluem que é dever de todo escritor “não se meter em política”.

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