quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Já viu um mundo assim?

E a modernidade resolveu aflorar de vez. Quando achamos ter chegado ao limite de tamanha evolução, surgem outros meios de se comunicar.
Hoje vou postar aqui o link do meu Twitter. Um microblog onde poucas palavras falam tudo.
Entrem e conheçam este recurso que vem conquistando grande espaço no mundo virtual e é o lugar onde a espontaneidade e objetividade é a chave do sucesso. Convidem amigos e experimentem viver nesse mundo abrangente e singular.

http://twitter.com/vevecarvalho

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Literatura e Política

É possível ao escritor isentar-se da política? Esta é a polêmica em relação a política e a literatura. Nem todo autor politicamente engajado produz boas obras.

No Brasil, hoje, estamos em período político, onde histórias são inventadas, inquéritos de investigações abertas, mensalões aparecem a todo instante, tudo isso, para atestar que os candidatos realmente mostrem o que propõe. As disputas são acirradas, candidatos disparam em uma corrida onde empatar não é nenhuma vantagem, principalmente chegar por último.

São nessas disputas, no desenvolver delas, onde surgem as crises, as polêmicas, os deslizes.

Escritores usam da criatividade para marcar lugar e fazer grandes produções. Escândalos passam a ser escritos, e passam a constar na história. Crises políticas sempre existiram. Em 1982 os jornalistas Paulo Henrique Amorim e Maria Helena Passos, aproveitaram o alarido do momento e transpuseram os acontecimentos no livro PLIM PLIM: A peleja de Brizola contra a fraude eleitoral.

Como já dizia Jorge Orwell a política envenena a literatura na medida em que subordina a criatividade. Lealdades de grupos são necessárias, e no entanto são um veneno para literatura, uma vez que a literatura é o produto das individualidades. Não se pode pensar que não há interesses quando se escreve algo sobre política.

O escritor vinculado ao partido se torna o servidor e propagandista da verdade deste; ele é vigiado e se vigia. Isso significa que ele deve se refugiar em sua "torre"e se abster da política em nome da sua liberdade de expressão, alguns concluem que é dever de todo escritor “não se meter em política”.

Conhecendo Jorge Orwell

Socialista, vai para a Espanha, em 1936, luta na Brigada Internacional em apoio ao recém-eleito governo popular. Lutando na Espanha (1938) narra suas experiências na Guerra Civil Espanhola. Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalha como correspondente de guerra para a BBC.
Em 45, publica A Revolução dos Bichos, até hoje sua obra mais popular. Outro livro conhecido em todas as línguas é seu romance 84 (1949), uma sátira pessimista sobre a ameaça de tirania política no futuro. George Orwell morreu em 1950, na Inglaterra, em conseqüência de uma tuberculose. Escreveu também Dias na Birmânia (1934), O Caminho de Wigan (1937) e Por Que Escrevo (1946).

Listando para você

Confira as sugestões de alguns autores políticos mundialmente conhecidos.


John Locke


Karl Marx




Norbert Lechner

sábado, 4 de outubro de 2008



Clarice Lispector

Um enigma

"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo".

Um Objeto Não Identificado Das Letras Brasileiras
"... eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade."

Nome: Clarice Lispector
Nascimento:10/12/1920
Natural:Tchelchenik - Ucrânia
Morte:09/12/1977

Resenha - A virtualização do corpo

De acordo com Levy podemos nos reinventar a todo instante. Através da alimentação dietética, cirurgia plástica, medicamentos que alteram o metabolismo podemos fazer uma remodelagem do nosso corpo. O ser humano consegue fechar os olhos, imaginar-se totalmente diferente fisicamente, procurar um cirurgião plástico para expor suas vontades e, como num passe de magia, torna-se outra pessoa. Sim, outra pessoa, pois o corpo fica totalmente diferente e a mente também. O que antes era tipicamente privado como as emoções, a reprodução e a imunidade contra doenças, hoje, é externalizado atravé de equipamentos médicos que permitem ver e alterar o nosso interior e grandes avanços da indústria farmacêutica que podem nos ajudar a controlar as emoções. Grandes descobertas e muita evolução que hoje, através de equipamentos de comunicação, nos permite estar presente em vários locais, mesmo onde o corpo nao pode estar.A TV e o rádio transmitem ao telespectador toda a emoção de pessoas que estão em dimensões totalmente diferentes. Com as máquinas fotográficas, as câmeras e os gravadores, podemos perceber o que o outro trasmitia no momento da gravação ou foto. Dentro de todo este contexto, nos é permitido quase sentir o que o outro esta sentindo.Levy explica que a telepresença é uma das características do telefone. Pois ele transmite a voz de um corpo que pode estar a quilômetros de distância.Com os sistemas de visualização médica, como raios-X e a ressonância magnética, o interior passa para o exterior, sem sair de dentro do indivíduo. Um exemplo comum são os exames de ultra-sonografia 3D, os pais podem conhecer o rosto do bebê antes mesmo do nascimento.A virtualização do corpo está também nos transplantes. Pois, um órgão pode ser transferido a outro ser, às vezes entre vivos ou entre vivo e morto. Sangue, esperma, óvulos são encontrados em bancos especiais. Os exemplos dão sentidos a palavra usada pelo autor, hipercorpo. Ou seja, um corpo que não é somente individual, que pode ser construído e acaba sendo um corpo coletivo.A virtualização do corpo é a sua multiplicação, é a reinvenção. Ao mesmo tempo em que é individual, corre para fora de si e se torna público. Quando retorna já está modificado. E isso não acontece apenas uma vez, esta mudança é constante até o dia que se extingue completamente.

Sobre Pierre Lévy